terça-feira, 14 de junho de 2011

Mary Shelley (1797-1851) escritora britânica


“Estranha e complexa a natureza da alma, que tão-somente por meio de débeis fios nos liga ao êxito ou ao fracasso.”

“Os filósofos modernos devem muito a esses homens (Cornélio Agripa e Paracelso), que forneceram a maior parte das bases do seu conhecimento. Eles legaram-nos a fácil tarefa de dar nomes novos e ordenar em classificações correlatas os fatos cuja descoberta concorreram em grande parte. Mesmo quando falsamente dirigidos, os esforços dos homens de gênio sempre contribuem para beneficiar a humanidade.”

“Aprenda, se não pelos meus preceitos, pelo menos por meu exemplo, o perigo que representa a assimilação indiscriminada da ciência, e quanto é mais feliz o homem para quem o mundo não vai além do seu ambiente cotidiano, do que aquele que aspira tornar-se maior do que sua natureza lhe permite.”

“Mente calma, a salvo de paixões perturbadoras, são requisitos do ser humano em seu estado normal. Não pode a busca do saber ser levada à conta de exceção dessa regra. Se o estudo, por qualquer forma, tende a debilitar nossas afeições, nosso gosto pelos prazeres simples, trata-se então de uma atividade ilícita, que não se ajusta à mente humana. Se essa norma fosse sempre observada, se todo homem estabelecesse um limite entre seus misteres e sua vida afetiva, a Grécia não teria sido colonizada sem maiores tumultos, e os impérios dos astecas e dos incas não teriam sido aniquilados.”

“Mais mutáveis que os acidentes da vida são os da própria natureza humana.”

“Por que – ai de mim! – há de o homem vangloriar-se de sensibilidades mais amplas do que as que revelam o instinto dos animais? Se nossos impulsos se confinassem à fome, sede e desejo, poderíamos ser quase livres. Somos, porém, impelidos por todos os ventos que sopram, e basta uma palavra ao acaso, um perfume, uma cena para provocar-nos as mais diversas e inesperadas emoções.”

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